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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Eu já não conhecia mais.

Sentada a beira daquela estrada quase deserta, esperando por um sinal de vida de alguma boa alma que pudesse ajudar-me. Os poucos que cruzavam por lá, negavam-me um conforto e até uma companhia. E eu, que nada restara fazer, com uma fé inabalável em algo que não creio, levantei-me e segui. Quanto mais andava, percebia que só piorava o caminho. As nuvens de poeira ficavam mais densas e eu mal podia ver, a escuridão tomava conta daquele estrada quase impossível de seguir. Continuei andando pelo caminho aparentemente interminável que se estendia a minha frente. Não sei por quanto tempo andei, não sei onde imaginava chegar. Quando percebi, havia me perdido numa estrada em linha reta, que eu conhecia do inicio ao fim, mas acabei por estranhar de tão desgastada pelo tempo e pelas idas e vindas pelas quais ela passara. […] Percebi que já não me conheço mais, de tanto tempo que perdi simplesmente assistindo as coisas acontecerem na vida que eu havia esquecido que tinha. Não sei mais o que quero ou o que conseguirei alcançar. Em desespero, tento recuperar o tempo que perdi, mesmo sabendo que meus esforços são em vão. Já não vejo essa estrada como a minha. Agora só me resta sentar novamente a beira da estrada, organizar os pensamentos e esperar que algo faça sentido.




(Ana Karolyna)

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