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terça-feira, 14 de junho de 2011

Minha solidão .!


Eu jurei  que não derramaria uma lágrima por você. Mas, já derramei tantas que encheriam um oceano. Já chorei tanto que estou sem forças, como fico toda vez que você ameaça me deixar. Só que dessa vez é pra sempre. Não haverá mais 'nós', haverá você e haverá... Um zumbi que poderão chamar pelo meu nome. Você tá indo e tá levando tudo com você e tudo o que eu posso fazer é ficar parada olhando enquanto você se vai. Não há uma palavra que eu possa dizer que vá mudar isso, não há um sacrificio que mudará sua decisão. E eu me sinto mais só do que qualquer pessoa no mundo, não sei o que ainda me prende aqui, talvez a esperança ainda me mantenha viva. Maldita esperança. Talvez, ainda tenha algo pra mim, talvez eu ainda sorria um dia e sinta de novo, talvez, eu goste de alguém, talvez eu não esteje tão só assim. Talvez alguém lá em cima ainda me queira bem.

Quando você se tira de mim é o mesmo de pedir de volta o premio de alguém que ganhou na loteria e que nunca teve nada. É um golpe. É algo inesplicavel, indescritivel. Eu sei onde vou buscar minha saída, onde vou escapar de toda essa dor. Café e cigarros são minha única saída. Um pouco de café, uns cigarros, um caderno e uma caneta, é o que eu preciso pra continuar com os malditos batimentos cardiacos.

A depressão vem tão linda tomar conta de mim. "Oi, querida, senti sua falta." ela diz sorrindo. Eu me sinto bem com ela e a solidão. Elas são as únicas que suportam meu silêncio, as únicas que acalantam meu peito dolorido. Por enquanto. Eu sei que vai piorar. Sinto um buraco se abrindo abaixo de mim e eu estou caindo em um aspiral, cada vez mais dolorido, cada vez mais escuro. Escuro. Obrigada por voltar pra mim, obrigada por me cobrir com seu manto e esconder essas lágrimas desgraçadas. Obrigada por fazer com que meus risos irônicos e paranoicos não sejam vistos por mais ninguém. Ninguém. É, ninguém. Nunca mais alguém. Hoje sim, eu sou ninguém. Não se pode ser nada, então eu sou uma ninguém. Não sou mais algo com que se possa rir, chorar e falar besteira. Não sirvo mais pra nada, se é que já servi um dia. É, isso me lembra de quando ainda te fazia feliz. De quando eu ainda tinha uma vida, de quando não tinha nenhum vicio além do seu sorriso.

Eu já tive um lar um dia. Por mais incrivel que pareça. Eu tinha um lar, todo lindo e feito pra mim. Lá, eu podia ser eu, me sentia a vontade e nunca queria sair de lá. Eu me sentia aquecida, amada e completa. Lá, eu fui feliz. Lá eu sorria, era correspondida e achava que nada no mundo poderia me tirar meu lar. Pois afinal, eles foram feitos pra mim, eu me encaixava lá, eu fui feita especialmente para aquele lugar, cada curva do meu corpo era completa por aquele lar. E lá não haviam medos, nem inseguranças... Sabe aquele alivio que você sente quando está em casa? Quando não corre risco nenhum? Quando sabe que nada pode te pegar? Quando você sabe que não tem perigo nenhum jazer ali? Eu era feliz no meu lar. Até que me tiraram ele, e não tinha nada que eu podia fazer. Nada. Meu lar, seus braços. Meus sinomos.

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