— Lucas.
— Fala, chata.
— Abaixa televisão, vai.
— A Babi, você sabe que eu não gosto de ver futebol sem ouvir nada.
— Lucas, por favor.
— A não.
— Isso Lucas, não abaixa mesmo não.
— Ela se levanta do sofá e vai para o quarto irritada. O jogo termina e ele vai em direção ao quarto.
— Tá acordada?
— Sai daqui.
— Que foi, Babi?
— Nada, sai.
— Diz logo.
— Para de falar, por favor.
— Porque?
— Eu tô com dor de cabeça e você não respeita.
Ele fica em silêncio.
— Então era por isso que queria que eu abaixasse a televisão?
— Era, mas você não abaixou.
— Eu não sabia, desculpa amor.
— Tudo bem.
— Quer remédio?
— Não tem amor, já vi
— Quer que eu vá na farmácia?
— Não vendo o remédio que faz passar a dor na farmácia.
— E onde vende?
— Não sei.
— Me diz o nome, vou procurar na internet.
— Não lembro o nome todo.
— Me diz o primeiro nome.
— Lucas. Ele a olha.
— Sabe que esse remédio pode te fazer mal né?
— E porque faria?
— Ele não é muito aconselhado a ser usado.
— Por ser vicioso?
— Por ser ruim.
— Pra mim é estimulante.
— Te estimula a quê?
— A querer viver, Lucas. A querer ser forte. A querer amar.
— Ela sem querer começa a chorar.
— Ei, ei, para. Não chora, eu tô aqui.
— Ele deita junto á ela.
— Vai passar, a dor já já passa Babi, calma
.— E se não passar?
— Você toma mais um pouquinho de “Lucas.” Pode ter certeza que pra você, nunca vai faltar
(Nomes Fictícios )
Escrito por : Ana Karolyna no dia 23/07/2012
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