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sábado, 13 de outubro de 2012

TALVEZ UM OUTRO DIA.

Horrível é a sensação de fracasso quando se chega em casa e vê que não fez nada pra mudar. Quando um olhar te mata, e sua fraqueza te espanca. Aquele dia em que você poderia ter gritado, chamado, berrado, dançado ou o caralho a quatro pra chamar a atenção dele. Mas não fez nada, ele também não, e ficou nisso. Você vai pra cama e pensa em tudo o que queria ter feito hoje, mas não fez, por medo. Só por ter se conformado que é assim, e que vai ser assim. Claro que vai, se você não fizer alguma coisa pra mudar. Você pensa em quantas delas, que estavam lá, no mesmo lugar que você e ele, fez tudo o que você tinha em mente pra fazer, tudo o que você queria fazer, e não fez. Bate o arrependimento de ter sido inútil o dia todo, de covardia, de inveja das que fizeram, ciúmes das que puderam. E espera uma nova oportunidade, um outro dia. Então Deus lhe dá mais uma chance, da qual era tudo o que você precisava. Um novo dia, um outro lugar, outras pessoas. Mas você não vai, não se aproxima, não chega perto, deixa lá, e olha de longe, porque algo te trava, algo não deixa você se aproximar, não deixa ficar perto. E pensa que só pode ser ele, mas também pode ser você. Talvez ele também esteja esperando você chamar, talvez ele esteja esperando você pedir. Talvez sim. Como vai saber se não tentar? Logo eu que sempre aconselhei abrir o jogo e perguntar tudo o que era preciso saber. Me pego pensando em você, sem saber o que você pensa de mim. Talvez você também precise, talvez você também queira, talvez só não tente. Talvez… Ou não.

(Ana Karolyna)

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