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domingo, 1 de maio de 2011

Morte física.



E derepente esse temporal chega. As luzes piscam, o vento assusta. Os desabrigados se abrigam. Menos eu. Continuo caminhando em meio a essa densa mata. Quando chego a uma clareira deixo a chuva me lavar, o corpo, o espírito, a culpa. O vento forte que me desafia, já levou meu casaco pra longe a muito tempo, meus cabelos se esvoaçam atrás de mim. A chuva não cessa, e estou ficando com frio, me enfio na mata novamente, e cansada, sento debaixo de um enorme carvalho, vejo olhos de algum animal, mas minha visão está ficando turva. Acho que é um coelho. Ele me olha como se perguntasse ‘’Oque está fazendo aí fora?’’.  A música que o céu está cantando é alta. Estou ficando cada vez mais dormente. Porque eu vim pra cá mesmo? Qual foi o motivo daquela briga? Que briga? Sinto medo ão perceber que estou encolhida ao máximo, e apesar de aparentemente a chuva ter diminuído mas o vento continua forte e frio. Muito frio. Como pode estar tão gelado? Um pensamento se abateu na minha mente ‘’Tão gélido quanto eu’’. Mas oque eu fiz mesmo? O vento gelado ao extremo me corta a pele, meus dentes batem involuntáriamente, abraço a mim mesma pra tentar me aquecer, oque aconteceu com minhas pernas? Vejo-as, mas não ás sinto. Acho que não conseguiria me mexer nem se eu quisesse. Porque ficou tão escuro derepente? Espera, eu acho que eu consigo ver uma luz. Ela está vindo até mim. Eu acho que.

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